quinta-feira, 28 de março de 2013

Eletrônica Básica






Lei de Ohm Ω 

Corrente Contínua


   Diz-se que existe corrente elétrica num circuito quando há um fluxo de elétrons no condutor. Se há apenas carga elétrica sem movimento não existindo corrente dizemos que há eletricidade estática ou campo elétrico.

    Se a corrente ou fluxo de elétrons se movimenta em apenas um sentido, dito sentido convencional do pólo positivo para o negativo e sentido eletrônico ou real do pólo negativo para o positivo (pois é no pólo positivo onde há maior número de elétrons e este possui carga dita negativa) temos então a chamada corrente contínua, ou seja, aquela que pode até variar a intensidade porém não muda seu sentido de movimento.

    Para existir fluxo de elétrons deve existir uma diferença de potencial ddp (unidade volt) entre os pólos do circuito, ou seja, se os potenciais elétricos forem iguais não haverá fluxo algum. Basicamente isso acontece com a pilha  ou uma bateria comum, quando está  em plena carga apresenta um ddp de 1,5v e conforme o uso vai se desgastando até tender ao 0v. Porém é mais provável que tenhamos que descarta-la ou carrega-la antes que chegue a 0v pois dependendo do circuito que alimente antes disso já não terá utilidade alguma.
   
   Todo condutor possui uma resistência a passagem do fluxo de elétrons, e isso aliado a ddp determinará a intensidade do fluxo de elétrons, sendo que:

                                                         V = R I 
                                         


V - voltagem (v)
R - resistência (ohm)  ou Ω
I - intensidade da corrente (ampere)

   Portanto, pela lei de ohm acima determinamos que quanto maior a voltagem maior a corrente e por outro lado, quanto maior a resistência menor a corrente.
   A corrente é o resultado dos dois outros parâmetros nos quais podemos ter controle! A corrente não determina nenhum dois outros dois parâmetros!




Ex.: Se v=10 e R=10ohm a corrente será:
                                                                         I=V/R
                                                                         I=10/10=1A







 
 Se a voltagem é contínua a corrente tmbém será.   CC ou DC






 Potência

  É a grandeza que mede o o trabalho realizado pela corrente elétrica em um determinado intervalo de tempo. Unidade Watt (lê-se uat).


 
  
  



No exemplo anterior: P  = 10V . 1A = 10 W.




   Em um circuito resistivo, ou seja, um circuito que apresente apenas resistência e nenhuma capacitância ou indutância (que veremos adiante), a potência é totalmente dissipada sendo convertida em calor. O efeito joule é o que expressa o aquecimento de um condutor que possua resistência (todos possuem). Efeito joule é inerente a passagem de corrente com resistência e algumas vezes é bem vindo e na maioria das vezes um vilão, pois representa desperdício de energia.



Corrente Alternada

   A corrente alternada é aquela que muda seu sentido de propagação ou movimento periodicamente. Portanto existe frequência na mudança de sentido maior que zero, enquanto na CC essa frequência é exatamente 0Hz.




CC = DC - corrente contínua     CA = AC - corrente alternada


                   
Exemplo de uma corrente alternada de onda quadrada, muito usada em circuitos digitais.











É claro que a forma mais comum e usada é a senoidal entre outras como dente de serra, triangular.









Valor Eficaz de CA senoidal

   Como podemos ver na figura acima de tensão senoidal o Vp- valor de pico não se mantém por todo o tempo no ciclo. O valor de pico a pico Vpp é o dobro do valor de pico Vp, mas apenas por uma questão de referência, pois se trata da mesma tensão que inverteu seus pólos. 
   Mas como já dito, o Vp é verdadeiro em apenas uma fração do tempo do ciclo e não pode ser considerado ao se comparar o valor de tensão alternada com o de uma tensão contínua, pois na maior parte do tempo do ciclo o valor da tensão é menor que o Vp. 
                                                
   O valor médio da senoidal que corresponde ao mesmo trabalho feito por uma tensão contínua é chamado de valor eficaz (VRMS ou VEF) e corresponde a  √2 ou 1,4142. Isso quer dizer que se temos, por exemplo uma Vp = 100v o valor eficaz, ou seja o valor correspondente ao mesmo trabalho que realizaria uma tensão contínua seria a média quadrada da senoide:



 
                                                   VRMS = 100 / √2 = 70,7v
                              
   Uma tensão  senoidal de  100V de pico é aplicada a uma resistência de X Ohms. Se ao mesmo resistor for aplicado uma tensão de 70,7V contínuos, a dissipação de potência será a mesma.                                  


A tensão nominal de 110V ou 220V encontrada nas tomadas residenciais já se encontra no valor eficaz.




Capacitor em CC

   O capacitor também conhecido como condensador ou acumulador é um dispositivo que basicamente pode ser composto por duas placas entre as quais se encontra um dielétrico. Essas placas acumulam cargas estáticas, quando submetidas a uma ddp apropriada.
   O capacitor seria uma bateria ideal se pudesse ter carga alta o suficiente em relação ao tamanho, pois quase não tem resistência interna e portanto se carrega ou descarrega sem perdas e de forma muito rápida. Uma bateria de qualquer tipo embora tenha a vantagem, que aliais justifica seu uso, de altas cargas/peso possui elevada resistência interna e por esse motivo possui carga lenta e tanto na carga quanto no uso dissipa muito calor ( efeito joule) , desperdiçando energia.

   









   A capacitância que é o fenômeno elétrico desejado no capacitor é medida em Farad. Como o farad é uma unidade muito grande geralmente usamos seus submúltiplos  uF (microfaraday), nF ou pF (nano e pico). Alem da capacitância o componente possui voltagem máxima a qual deve ser submetido, e nos eletrolíticos a polaridade de cada terminal, já que nos demais tipos os terminais não possuem tal característica.

Um capacitor quando submetido a uma corrente contínua tem o seguinte comportamento:




   No momento em que é ligado à bateria a tensão em seus terminais é zero, e a partir daí ele passa a carregar segundo o gráfico acima até o momento em que a voltagem seja igual a da fonte encerrando-se assim o carregamento e a passagem de corrente.  O tempo de carregamento depende ca capacitância, da voltagem e da resistência em série ou do próprio condutor. Quanto maior a resistência em serie maior o tempo de carregamento. 
  
   A partir desse momento o capacitor passa a não permitir mais passagem de corrente se tornando um circuito aberto para CC. Portanto é correto dizer que o capacitor bloqueia corrente contínua.
   Na verdade  existe uma relação mais complicada de fases entre corrente e tensão que não abordaremos profundamente nesta aula, já que intuito é só o de familiarizar-nos com esses componentes e seu uso em filtros e afins no áudio.


Capacitor em CA


   O capacitor ligado em correte alternada impõe uma oposição a passagem da corrente, que difere da simples resistência ohmica mas é medida com a mesma unidade, o ohm Ω. Essa oposição é chamada reatância e como se origina da capacitância, reatância capacitiva Xc.
   Reatância Capacitiva   É a medida da oposição oferecida pelo capacitor à passagem da corrente  alternada é calculada por:



X_C= \frac {1} {2\pi fC} \, Isso  em um circuito ideal,  puramente capacitivo sem resistência!
  Xc - reatância capacitiva Ω
   f - frequencia Hz
  C - capacitancia  Farads


   Notamos que a reatância capacitiva é inversamente proporcional a frequência, ou seja, quanto maior a frequência menor a reatância. O capacitor portanto, sendo ligado em CA opõe-se à passagem de baixas frequências e dá livre passagem para as altas frequências progressivamente.


Indutores



   Chamamos de indutor a um fio enrolado em forma de hélice em cima de um núcleo que pode ser de ar ou de outro material.







   O Indutor quando ligado em CC tem o comportamento de um fio qualquer ( com excessão do momento inicial ). Já se for ligado em uma CA irá impor uma reatância chamada indutiva tal que, quanto maior a frequencia da CA maior será o valor dessa reatância indutiva, ou seja, o valor da reatância indutiva é diretamente proporcional à frequência.


  




   A figura acima representa o gráfico de corrente em um circuito indutivo em CC. Note que no momento em que é ligado o circuito, a tensão pode aparecer imediatamente mas a corrente demora ainda um tempo par vencer o campo induzido até que se estabiliza em t1. No momento em que é desligado aparece o fenômeno contrário em que a corrente ainda leva um tempo até desaparecer totalmente, pois aparecerá uma ddp contrária nesse instante. Notamos isso claramente quando desligamos uma chave e vemos um arco de corrente (fagulhamento elétrico) na chave. Isso se deve ao fato de termos em casa um circuito indutivo principalmente pelos motores ligados (geladeira etc) e também pela indutância parasita nos fios.
   Em caso de indústrias e circuitos altamente indutivos essas chaves devem ser de tipo especial, geralmente em óleo para evitar esse fenômeno.

A reatância indutiva é dada por:




Isso  em um circuito ideal,  puramente capacitivo sem resistência!
XL - Reatância Indutiva
f - frequência
L - Indutância (Henry)




 Impedância



   A impedância não é o somatório algébrico simples da reatância capacitiva ou indutiva e da resistência do circuito como poderíamos imaginar, pois como dito anteriormente não estamos analisando a diferença de fase em um circuito capacitivo em CA entre a tensão e a corrente. Apenas para mencionarmos, em um circuito resistivo tensão e corrente estão em fase portanto com 0° de defasagem. Em um circuito capacitivo a corrente estará adiandata em relação a tensão. Em um circuito indutivo a corrente estará atrasada em relação a tensão. Esse ângulo de defasagem determina a predominância do circuito, pois enquanto a capacitância tende a adiantar a corrente, um indutivo tende a atrasar e quanto mais resistivo for um circuito mas tende a desfazer o efeito dos capacitores e indutores e levar a defasagem a zero.
   Note que na prática dificilmente teremos um circuito apenas de um tipo, ou seja, com ângulos de 0° (resistivo), -90° ( capacitivo ) ou 90° ( indutivo ) mas sim, ângulos intemediários ou que se aproximem muito desses valores absolutos, pois sempre existirá resistência e é muito provável que existiram capacitâncias e/ou indutâncias parasitas.
 Mas de qualquer forma, a impedância geral de um circuito será dada pela análise fasorial e somatória vetorial entre reatâncias e resistências.
Portanto embora não entraremos em detalhes maiores, podemos considerar a Impedância como resultado de todas as resistências e reatâncias de um circuito, medido numa frequência específica, isto pois como vimos para cada uma a reatância e assumirá valores diferentes. Desde que as impedâncias comparadas tenham sido obtidas em uma mesma frequência podem ser comparadas para os nossos objetivos.





Filtros Passivos




Genericamente, filtros são circuito que deixam passar só sinais de determinadas freqüências, atenuando outras. Podemos ter os seguintes tipos de filtros:

Filtros Passa Altas (FPA )

Filtros Passa Baixas (FPB)

Filtro Passa Faixa (FPF)

Filtro Rejeita Faixa (FRF)

   Um filtro é dito passivo quando for composto apenas de elementos passivos, ou seja, que não amplifiquem o sinal, tal como transistores e valvulas. Um filtro passivo apenas rejeitará frequências selecionadas.
    Se considerarmos o filtro ideal as curvas de respostas em freqüência (gráfico do ganho em função da frequencia) serão as seguintes:










Ganho é dado comumente pela divisão da tensão de saída pela de entrada Vs/Ve.


   Na prática não é possível ter essas curvas devido a limitações nos elementos que constituem esses filtros. 
   Existem varias maneiras de construí-los, consideraremos apenas algumas.
   



Passa Altas





   Note que o capacitor bloqueará as baixas frequências e deixará passar as altas até o ponto Vs.


 

O corte considerado em circuitos filtro é a frequência na qual o filtro atenua em -3dB. Veremos em outro artigo em detalhes o deciBell, por hora é suficiente saber que equivale a meia potência.
  









Passa Baixas








Tente agora entender porque o filtro bloqueia as altas.
fc - frequência de corte superior















Passa Faixa



Enquanto o indutor rejeita as altas o capacitor rejeita as baixas, com calculos das frequências de corte inferior e superior chegaremos à faixa passante.





Crossover Passivo





              Crossover Passivo
 Antes mesmo de analisarmos os transdutores eletro-acústicos em detalhes, como sabido existe um tipo deles para cada faixa de frequência e portanto deve-se proteger cada um deles, mesmo que alguns mais que outros de frequências fora da sua especificação.
   Para tal podemos lançar mão de dispositivos que separem um

sinal full em faixas mais estreitas que serão aplicadas em seu respectivo transdutor. Crossover é um filtro feito com esse intuito. 
   Os divisores de frequência podem ser classificados em ativos e passivos. Os divisores ativos são usados em sistemas de som mais sofisticados, sendo instalados entre o pré-amplificador e o amplificador de potência. 
    Os divisores passivos são os rotineiramente mais usados e podem ser instalados tanto na mesma posição que os ativos, isto é, entre o pré-amplificador e o amplificador de potência, como nos próprios transdutores (o que é o caso mais comum).
   Os divisores de frequência passivos são constituídos pela associação série e/ou paralelo de elementos reativos (que possuem reatâncias). 
    A solução matemática do problema é realizada através de cálculos bastante complexos. Para quem desejar maiores detalhamentos desse assunto, a Audio Engineering Society (AES) traz numerosos estudos a respeito.




Ordem de Filtros

   


   Os divisores passivos dividem-se pela inclinação da curva de corte, sendo essa inclinação medida em quantos decibeis o filtro reduzirá a partir do corte por oitava, ou seja dobro ou metade da frequência de corte. Os filtros mais amenos têm atenuação de 6dB/oitava, e por isso chamados de filtro de 1ª ordem.



Este filtro permite que muitas frequências fora da banda de operação do sonofletor passe.
  

 Para operar com este filtro os falantes deverão operar ou tolerar uma faixa larga de frequências.

   Tem a vantagem de causar menor desalinhamento fasorial entre os falantes por isso também chamado de 'linear phase' e de ser o mais barato e menos complexo de todos.    

Filtro 2ª Ordem

   O filtro de 2ª ordem emprega dois elementos reativos por ramo de circuito, um indutor e um capacitor.  Esse filtro de 2ª ordem permite cortes de 12dB/oitava de inclinação e assim, exigindo sonofletores bem menos amplos que os de 1ª ordem. 


   No entanto tem a desvantagem de os sinais elétricos nas saidas do divisor encontrarem-se em contrafase, em 180° de diferença, provocando um ponto de amplitude nula na frequência de corte! Muitos resolvem isso invertendo a polaridade de um dos falantes mas ao mesmo tempo que resolve cria outro problema pois cria um pico de 3 dB na frequência de corte acompanhado de um deslocamento de fase de 180º no restante das banda passante de graves e agudos.  Existe a solução de criar uma outra banda e usar um falante para cobrir essa faixa de frequência cancelada, o que apesar de mais custosa parece uma melhor solução. 

  

  
   Os divisores de 3a ordem empregam três elementos reativos por ramo. Apesar da maior complexidade, é o mais indicado tecnicamente, pois permite curta faixa de interferência de frequencias entre um os falantes, e também assegura um menor defasamento na frequência de corte. Isto proporciona uma resposta mais plana e uniforme em toda a extensão em torno do corte, sendo virtualmente idêntica à do filtro de 1a ordem. Ou seja, com excessão do custo maior pelo numero de componentes e maior complexidade de cálculos, apresenta as vantagens do filtro de 1ª ordem sem apresentar todos as suas desvantagens. 






  

    Até o momento apresentamos filtros das  3 ordens de apenas duas vias (agudos e graves), para um primeiro contato e facilidade de análise, mas os filtros podem ser sintonizados para atuarem em qualquer faixa de frequência como por exemplo, os médios apenas, ou os subgraves. Existem crossovers de 2, 3, 4 e até de 5 vias. Assim como existem filtros de 4, 5 e 6ª ordem, mas em caso de ordens muito elevadas, compensa mais investir em um filtro ativo, pois se torna muito menos dispendioso.


sexta-feira, 22 de março de 2013

Imagem Digital

 

Digital

 

  No mundo digital tudo obrigatoriamente tem representação em 0 e 1. O provável fato que nos impele a contar na base decimal é o fato de termos 10 dedos. Porém uma base é apenas um das inumeras formas de contagem.
   Assim podemos contar e aprender a raciocinar em qualquer base e ela nos dará a mesma precisão de qualquer outra base incluindo a decimal, ou seja, a base decimal, a não ser o fato de ser a base aonde baseamos nosso método de contagem não é nem melhor nem pior que qualquer outra das ilimitadas bases de contagem.
   Se considerarmos a base 8 teremos apenas oito algarismos de 0 a 7. Assim contaríamos: 

0,1,2,3,4,5,6,7,10,11,12,13,14,15,16,17,20,21,22,23,24,25,26,27,30...
   
  Se tivessemos a base 4 ou seja, algarismos de 0 a 3 teríamos:

0,1,2,3,10,11,12,13,20,21,22,23,30,31,32,33...

   Ou se tivessemos numa base acima da decimal como a hexadecimal aonde, na ausência de números acima de 9 representaríamos os números com letras:

10=A, 11=B, 12=C, 13=D, 14=E, 15=F.

   Então contando:
0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,A,B,C,D,E,F,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,1A,1B,1C,1D,1E,1F,
20,21...

   Na base decimal que é a base menor e mais simples possível, temos:

0, 1,10,11,100,101,110,111,1000,1001,1010,1011,1100,1101,1110,1111...


   Vemos que em cada base o número de possibilidades é igual ao número da base expoente ao de algarismos. Na base binária, que nos interessa particularmente, temos que com 3 bits podemos contar até 111 base 2 que representa o numero 7 base decimal, ou seja 8 possibilidades: pois 2^3=8.
Para 4 bits temos contagem até 15, ou seja 16 numeros pois 2^4=16.



   Imagem Digital




  Uma imagem digital é a representação de uma imagem bidimensional usando números binários codificados. Há dois tipos fundamentais de imagem digital. Uma é do tipo rastreio (raster) e outra do tipo vetorial. Uma imagem digital do tipo raster, ou bitmap  apresenta uma correspondência bit-a-bit entre os pontos da imagem raster e os pontos da imagem reproduzida na tela de um monitor. A imagem vetorial é construída baseada em vetores matemáticos. Diferente da imagem mapa de bits, não guarda informação sobre cada ponto mas sim sobre parâmetros de vetores, economizando dessa forma bastante espaço em memória
   É possível que uma imagem vetorial com extrema complexidade ocupe espaço maior ou equivalente à uma imagem bit a bit, mas geralmente isto não ocorre. Tal imagem seria de difícil renderização, exigindo muito processamento, o que aliáis é característica de uma imagem vetorial proprocionalmente a sua complexidade.
   A imagem vetorial tem também a vantagem de nunca perder qualidade independente do 'zoom' aplicado! Um belo exemplo são as fontes presentes em qualquer computador. Não importa o quanto aproximamos, elas continuam com a mesma qualidade, jamais expondo pixels...



 
   






  Cada ponto de uma imagem é decomposto em três cores e cada proporção relativa é transformada em valores numéricos que permitem que eles sejam recuperados. No modelo conhecido como RGB, a imagem é decomposta nas cores vermelho, verde e azul, estabelecendo para cada uma dessas cores um valor entre o máximo possível de reprodução daquela cor e o mínimo, ou seja, a ausência total dela. A soma dos três valores resulta num ponto colorido da imagem final.
   
 


   Toda imagem na tela RGB é formada por pixel. Um pixel (picture element)e o menor ponto de representação de uma imagem em um ecrã. O pixel de uma imagem não representa o tamanho de um pixel do ecrã, mas é limitado por este. Como cada pixel deve possuir uma cor, em cada um deles temos armazenados três cores (RGB) cada uma com numeros digitais que variam de 0 a 255 (8 bits) totalizando 24 bits de cor para cada pixel (16.7 milhões).

  
   Uma concepção errada é a de que o sistema de 32 bits produz 4 294 967 296 cores distintas.  Na verdade, uma coloração de 32 bits atualmente se refere a uma coloração Truecolor de 24 bits com um adicional de 8 bits, como espaço vazio para representar o canal alfa. Considerando que R, G e B utilizam a mesma quantidade de bits em suas respectivas cores (com exceção do HighColor de 16 bits), o total de bits utilizado será um múltiplo de 3: HighColor 15 bits (5 cada) e Truecolor 24 bits (8 bits cada). A razão para usar o espaço vazio é que os computadores mais modernos processam dados internamente na unidade de 32 bits.
   Existem outros sistemas mais precisos até que o olho humano mas não abordaremos aqui.

   Ex.:

  • Branco - RGB (255,255,255);
  • Azul - RGB (0,0,255);
  • Vermelho - RGB (255,0,0);
  • Verde - RGB (0,255,0);
  • Amarelo - RGB (255,255,0);
  • Magenta - RGB (255,0,255);
  • Ciano - RGB (0,255,255);
  • Preto - RGB (0,0,0). 
  


   Nos programas de edição de imagem, esses valores são habitualmente representados por meio de notação hexadecimal, indo de 00 (mais escuro) até FF (mais claro) para o valor de cada uma das cores. Assim, a cor #000000 é o preto, pois não há projeção de nenhuma das três cores; em contrapartida, #FFFFFF representa a cor branca, pois as três cores estarão projetadas em sua intensidade máxima.




   


Cada ponto da imagem acima é um pixel, unidade indivisível de uma imagem rasterizada e é como dito anteriormente coposto de uma única cor composta pela união das três cores RGB em qualquer proporção possível entre 0 e 255 cada.



Resolução de Imagens Digitais

 

Considere as imagens abaixoonde cada quadrado representa um pixel. Cada uma delas é composta por uma matriz de 7 pixels verticais e 5 pixels horizontais, totalizando 7x5= 35 px. Por isso é comum representarmos a resolução, ou seja o número totais de pixels de uma imagem, pela matriz de px verticais x horizontais.



   Cada pixel em sRGB gastam exatos 24bits ( 8 bits para cada cor ), portanto 24 x 35= 840 bits gastos em toda a imagem, o que dá 105 5Bytes, isso se a imagem estiver em bitmap. Comprimida pode ocupar menos espaço.
   Considere uma imagem com resolução 800x600, 480000px X 24= 11520000b= 1440000B= 1406,25KB= 1,37MB em bitmap, sem nenhuma compressão.
     
Compressão




A compressão de dados pode ser com ou sem perda de informações. A compressão sem perda (lossless) se refere a métodos de compressão de dados aplicados por algoritmos em que a informação obtida após a descompressão é idêntica à informação original.



São exemplos:
  • som/áudio
    • Apple Lossless - ALAC (Apple Lossless Audio Codec)
    • Direct Stream Transfer - DST
    • Free Lossless Audio Codec - FLAC
    • Meridian Lossless Packing - MLP
    • Monkey's Audio - Monkey's Audio APE
    • OptimFROG - OFR
    • RealPlayer - RealAudio Lossless
    • Shorten - SHN
    • TTA - True Audio Lossless
    • WavPack - WavPack lossless
    • WMA Lossless - Windows Media Lossless
  • imagens fixas
    • ABO (Adaptive Binary Optimization)
    • PNG - Portable Network Graphics
    • JPEG-LS - lossless/near-lossless compression standard
    • JPEG 2000 - inclui métodos de compressão com e sem perda de dados
    • JBIG2 - inclui métodos de compressão com e sem perda de dados em imagens a P/B
    • TIFF
    • RLE
  • vídeo/animação
    • Huffyuv
    • SheerVideo
    • CorePNG
    • MSU Lossless Video Codec
    • LCL
    • Animation codec
    • Lagarith
    • H.264/MPEG-4 AVC
    • TSCC
  • arquivos
    • ZIP
    • 7z
    • ARJ
    • ACE
    • RAR
   Um método de compressão de dados é dito com perda (em inglês lossy data compression) quando a informação obtida após a descompressão é diferente da original (antes da compressão), mas suficientemente "parecida" para que seja de alguma forma útil.  Dependendo do algoritmo aplicado, a compressão com perda de dados pode levar à perda generativa (generation loss), perdendo cada vez mais informações à medida que a compressões são feitas sobre compressões.
   A compressão com perda de dados é normalmente usada em som, imagens e vídeo/animação. A razão de compressão (ou seja, a dimensão do ficheiro comprimido comparado com o original, ou por comprimir) dos codecs de vídeo é quase sempre superior às obtidas em som e imagens fixas. O som pode ser comprimido a uma razão de 10:1 (o ficheiro comprimido ocupa 1 décimo do original), sem perda muito notável de qualidade, como ocorre com o formato de som em MP3 ou WMA (windows media audio), com taxas de até 320 Kbps de áudio (um CD contém dados de áudio a 1411,2 Kbps). Já o vídeo pode ser comprimido a uma razão 300:1. As imagens fixas são normalmente comprimidas a uma razão de 10:1, tal como no som, mas neste caso a qualidade é bastante afetada, optando-se normalmente por uma razão menor, 2:1, por exemplo.
  
   Quando um utilizador recebe um ficheiro comprimido com perda de dados, (por exemplo, para reduzir o tempo de download), esse ficheiro posteriormente descomprimido pode ser bem diferente do original ao nível do bit e, no entanto, ser quase idêntico numa observação normal para o olho ou ouvido humano. Muitos métodos /algoritmos de compressão recorrem a limitações da anatomia humana tomando em conta, por exemplo, que o olho humano apenas pode visionar certas freqüências da luz. O modelo psicoacústico descreve como o som pode ser muito comprimido sem que se perceba a degradação da qualidade do sinal sonoro.
  
São exemplos:
  • Imagens fixas
    • Fractal compression
    • JPEG 2000, sucessor do JPEG.
    • Wavelet compression
    • Cartesian Perceptual Compression (CPC)
    • DjVu
    • ICER, utilizado pelo Mars Rovers: relacionado com JPEG2000 em seu uso de wavelets
  • Filmes/animações
    • Flash (também suporta JPEG sprites)
    • H.261
    • H.263
    • H.264/MPEG-4 AVC
    • Motion JPEG
    • MPEG-1 Part 2
    • MPEG-2 Part 2
    • MPEG-4 Part 2
    • Ogg Theora (sem restrições de patentes)
    • Sorenson video codec
    • VC-1


    • Música
      • AAC - utilizado pela Apple Computer
      • ADPCM
      • ATRAC
      • Dolby AC-3
      • DTS
      • MP2
      • MP3
      • Musepack
      • Ogg Vorbis (sem restrições de patentes)
      • Windows Media Audio (WMA)-

  
 




   Tanto imagens vetoriais quanto imagens mapa de bits comprimidas assim como arquivos de áudio e vídeo enfim, no momento da exibição são trasnformados em bit a bit no ecrã, pela placa de vídeo! As compressões são apenas no momento do registro para que economizem espaço em disco, porém quando o arquivo é exibido está descomprimido na memória RAM por um codec.  A isso chamamos renderização, ou seja, o processo de descompactação ou cáuculo dos bits de uma imagem ou arquivo para exibição. Tudo o que vc vê no seu ecrã é exibido em pixel a pixel !



PPI e DPI   

   Ao contrário do que alguns pensam, o pixel não tem uma medida definida em centímetros. O pixel pode ter diferentes tamanhos, sendo que o tamanho visual do pixel está diretamente relacionado à quantidade de pixels por polegada (ppi, que significa pixel per inch).
  

   Esse valor vai definir a qualidade da imagem e também o tamanho real dela. Por exemplo, uma imagem de 1920 x 1080 pixels com resolução de 1000 pixels por centímetro terá o seguinte tamanho: 1,92 cm na largura e 1,08 cm na altura. Outra imagem de 1920 x 1080 pixels com resolução de 100 pixels por centímetro terá um tamanho avantajado: 19,2 cm na largura e 10,8 cm na altura. Em se tratando de imagens exibidas na tela de algum dispositivo, o tamanho do pixel vai variar conforme a resolução suportada pelo aparelho e também em decorrência do tamanho do display. Ou seja, se você abrir uma imagem em uma tela de 13 polegadas que trabalhe com a resolução de 1920 x 1080 pixels e depois visualizar a mesma imagem em uma tela de 55 polegadas, a qual opera na mesma resolução, notará uma diferença enorme entre os pixels.
ler artigo: 


http://www.tecmundo.com.br/11739-mito-ou-verdade-dpi-nao-serve-para-nada-no-monitor-.htm?utm_source=outbrain&utm_medium=recomendados&utm_campaign=outbrain=obinsite



  A imagem não mudou de tamanho, os pixels que a compõe também não, mas cada tela irá adaptar o conteúdo ao espaço disponível, o que resultará em uma diferença na representação do pixel e, conseqüentemente, pixels de tamanhos diferentes. Na tela menor, o pixel terá aproximadamente 0,15 mm, enquanto que na tela maior ele terá mais de 0,6 mm.
Píxels por polegada, em inglês pixels per inch (PPI), é uma medida de resolução de vídeo relacionada ao tamanho do monitor em polegadas (inch) e do número total de pixels na direção horizontal e na direção vertical. Esta medida é muitas vezes confundida com pontos por polegada (dpi), embora tal medida seja empregada de forma adequada quando se refere à resolução de uma impressora. PPI também pode ser usado para descrever a resolução de um Scanner ou Câmara digital, neste contexto, é sinônimo de amostras por polegada.





Uma impressora jato de tinta necessita um número bem maior de pontos por polegada para imprimir com qualidade semelhante uma imagem mostrada no monitor de vídeo, com determinado número de pixels por polegada.
A impressora trabalha com pontos formados por quatro canais de cores (normalmente o padrão CMYK), cada um deles com apenas uma opção de intensidade (quantidade fixa de tinta por canal), enquanto um monitor de vídeo forma um pixel utilizando três canais de cores (
RGB), cada um deles com 256 níveis de luminosidade diferentes. Sendo assim, o número de cores que podem ser gerados pela impressora em um ponto é 24 = 16, enquanto um monitor de vídeo pode gerar 2563 = 16.777.216 pixels diferentes. Algumas impressoras têm capacidade de variar a quantidade de tinta de cada canal de cor ou ter canais de cores adicionais, mas mesmo assim haverá menos opções que as disponíveis em um monitor. A maioria das impressoras resolve essa limitação utilizando recursos de meio-tom (ou dithering) para simular cores adicionais, necessitando de muitos pontos de impressão para obter o efeito de um único pixel na imagem do monitor.